27 de janeiro de 2015

Círculo vicioso

"Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações." 1 Pedro 3:7
Discussão, horas de silêncio, lágrimas, perdão, reconciliação. Briga, mais horas de silêncio, mais lágrimas, perdão, reconciliação. Gritaria, portas batendo, longas horas de silêncio, outras tantas lágrimas, perdão, reconciliação. 
Já percebeu que isso se torna um círculo vicioso na vida de alguns casais?
A impressão que passam, é que se o relacionamento não está girando ao redor de algum conflito, eles não tem razão para conviverem juntos na mesma casa!
O que fazer nestes casos, quando as brigas já se tornaram parte comum do dia a dia, como se fosse uma rotina? Quando tudo é motivo de discussão, desde a escolha da nova cor da parede da sala, até o lugar escolhido para se guardar os talheres? 
Muitos casais não percebem que estão num círculo vicioso, e o pior, muitos não estão dispostos a quebrá-lo, pois a quebra deste círculo para alguns significa humilhação, ter que ceder, dar o braço a torcer, deixar o orgulho de lado e admitir que algumas vezes também estão errados.
Essa é a questão principal: o orgulho. O orgulho é o principal vilão nas discussões entre um casal, pois um tenta provar para o outro que o seu ponto de vista é o melhor, e que o outro está errado, quando a verdade é que o outro pode muitas vezes nem estar errado, tem apenas um ponto de vista diferente.
O círculo pode ser quebrado, mas é preciso que alguém dê o primeiro passo. Quem quer ter sempre a última palavra em todas as discussões, estará mais sujeito a se deixar levar pelo orgulho, por não aceitar uma opinião contrária. Será que seu problema não tem sido o orgulho, que lhe impede de perceber quando seu esposo tem razão de reclamar ou de lhe chamar a atenção?
Não precisamos ter a razão todas as vezes. A palavra de Deus nos orienta desse modo:" Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens." Romanos 12:18
Uma vez, eu estava muito entusiasmada com meu estudo de língua espanhola. Tinha montado uma grade de estudo para seguir durante a semana, e passaria a maior parte do dia estudando o idioma, cerca de seis horas diárias e algumas poucas horas estudando a palavra de Deus.
Fui comentar com meu marido, achando que ele ficaria feliz sabendo que eu estava me dedicando a aprender um novo idioma num curso intensivo montado por mim mesma através de sites de estudo em espanhol. Sabem o que ele me disse? "É... está dando tempo demais para o estudo do espanhol e pouco tempo para o estudo da Bíblia." Aquilo para mim foi como um balde d'água fria. Ainda pensei em discutir, retrucar e perguntar se ele não estava feliz de ter uma esposa esforçada em aprender, e se ele não acha que gasta muito mais tempo fazendo coisas que não são necessárias, mas não fiz isso.
Não permiti o orgulho me dirigir e não tentei entrar em uma discussão, onde eu teria a última palavra e diria que eu estava certa em ir atrás dos meus objetivos. Na verdade, através da repreensão do meu marido, Deus estava me orientando!
Ainda há casais que vão mais longe no círculo vicioso, e cada vez que uma discussão começa, um acusa o outro:"A casa está uma bagunça porque você passa o dia inteiro assistindo televisão! E você, que quando chega não tira o barro dos sapatos e entra sujando o tapete? E você, que deixa minhas camisas amassadas e eu tenho que passar correndo pela manhã para não chegar atrasado no serviço? E você, que janta no sofá em frente a televisão e deixa a comida cair?" E assim vai, cada vez que um fala, o outro tem uma reclamação para continuar a discussão.
Quebre o círculo vicioso! Resista acusar seu marido quando for repreendida. Se não está de acordo com a repreensão, não é preciso abaixar a cabeça e simplesmente chorar. Diga que tem um ponto de vista diferente, mas que isso não é motivo para discussão.
Procure sempre entrar em um consenso. Não precisamos ter sempre a última palavra, o que precisamos é saber ter equilíbrio e perceber o que é mais importante num casamento: ter sempre razão, ou manter a paz do lar?
Quando seu marido reclamar que a janta ainda não está pronta, lhe diga os motivos reais do porque do atraso. Não responda de forma áspera: "E daí, quantas vezes faço a janta e é você quem se atrasa para o jantar, ou que não está com fome???"
Procure controlar o vício de acusar sempre, de jogar na cara, de querer humilhar e estar sempre por cima. Casamento não é um campo de batalha, mas um terreno de paz quando aprendemos a conviver com as diferenças de pensamentos e opiniões.
Muitos maridos não mudam de comportamento durante anos, estão sempre repetindo as mesmas coisas que irritam a esposa, mas a esposa também não colabora e pensa que reclamar vai resolver, quando na verdade, piora tudo.
Você, mulher de Deus, pode não conseguir mudar seu marido, ou fazer com que ele concorde com todas as suas opiniões, mas você pode com a ajuda do Senhor mudar a si mesma.
Jogue fora o acusar, o estender de dedo, as palavras ásperas e a ironia nas frases. Seu marido vai perceber a diferença e se sentir motivado a mudar o comportamento também!

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